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Mostrando postagens de setembro, 2017
Não sinto tua falta. Nem falta do teu cheiro de perfume importado que me exportou de mim. Não sinto falta do teu érre puxado, nem do teu beijo gosto-de-dente que morde coração-envenenado. Não sinto tua falta. Nem falta do teu olhar barroco, do teu gosto agressivo, da dor que tu me provocas feito extração de siso. Não sinto tua falta. NÃO SINTO. Não lembro de você. Nem da tua respiração ofegante, nem do teu andar elegante, nem da tua sorte disfarçada de porta-que-encara-bunda-de-elefante. Não sinto tua falta. Sinto ânsia. Distância. Não sinto falta do teu deus-oriental, do teu signo-preto, do teu silêncio-grito que me soa poema-lírico. Sinto ânsia. E a provoco. E enfio meus dez-dedos na garganta pra ver se vomito teu ser da minha alma.