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Não sinto tua falta.
Nem falta do teu cheiro
de perfume importado
que me exportou de mim.

Não sinto falta
do teu érre puxado,
nem do teu beijo
gosto-de-dente
que morde coração-envenenado.

Não sinto tua falta.
Nem falta do teu olhar barroco,
do teu gosto agressivo,
da dor que tu me provocas
feito extração de siso.

Não sinto tua falta.
NÃO SINTO.
Não lembro de você.
Nem da tua respiração ofegante,
nem do teu andar elegante,
nem da tua sorte disfarçada
de porta-que-encara-bunda-de-elefante.

Não sinto tua falta.
Sinto ânsia.
Distância.
Não sinto falta do teu deus-oriental,
do teu signo-preto,
do teu silêncio-grito
que me soa poema-lírico.

Sinto ânsia.
E a provoco.
E enfio meus dez-dedos
na garganta
pra ver se vomito teu ser
da minha alma.

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